Alguns autores mencionam que o comércio eletrônico começou a ser praticado nos tempos do telegrafo. O fundador da rede americana Sears, Richard Sears, começou seu negócio vendendo relógios através de telegramas para seus colegas na época em que era agente de estação de trem, no final do século 19, com uma margem muito pequena de lucro. Depois, o negócio da Sears tornou-se milionário através de vendas por catálogo. Aliás, isso tem tudo a haver com o comércio eletrônico atual.
Os dirigentes de empresas mais atendo às mudanças da economia digital estão preocupados e trabalhando para transformar suas empresas para competir no mercado virtual. Entretanto, em alguns casos falta visão dos projetos necessária para tornar a empresa competitiva. Existem três visões que devem ser observadas para manter a empresa alinhada com os novos rumos do mercado. A primeira é a melhoria dos processos atuais com ferramentas de e-business para sobreviver no mercado. A segunda, repensar a forma de fazer o negócio atual, pois, com a intenção decrescimento constante, os dirigentes devem se defender da competição acirrada. E a terceira, e mais ampla, é a total redefinição do seu negócio atual, garantindo sua permanência no mercado futuro.
Business-to-Business (B2B)
O B2B refere-se a toda a venda que uma empresa faz para outra através da Internet. Um estudo realizado pela Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico mostra que o e-commerce brasileiro fechou 2010 com faturamento de R$ 15 bilhões, 40% a mais do que o ano de 2009. Para 2011, a instituição acredita que a evolução chegará a 35%.
Uma prática cada vez mais adotada nas relações entre empresas é a integração dos sistemas de informações das empresas da cadeia de valor. A troca eletrônica de dados entre empresas permite a simplificação dos processos mercantis e reduzidos os custos de produção. Com a troca de dados de produção as empresas reduzirem seus ativos e os fornecedores produzirem baseados na produção dos clientes. O EDI – Electronic Data Interchange – é um processo de troca padronizada de informações utilizada por comunidades comuns de negócios. Existem vários padrões de formatos de mensagens atendendo diferentes mercados. Entretanto, como isso dificulta o intercâmbio entre diferentes comunidades internacionais, as Nações Unidas (ONU) desenvolveu e fomenta um padrão único de mensagem. Praticamente, todas as comunidades de negócios internacionais já se comprometeram em adotar o padrão de mensagem EDIFACT.
Uma nova prática que vem ganhando adeptos a cada dia: os leilões de compra pela Internet. O processo funciona da seguinte forma: uma empresa publica em sua Web page que deseja comprar um lote de um determinado produto. Publica a especificação do produto e aguarda as propostas dos fornecedores. À medida que as propostas vêm chegam é publicada a menor cotação recebida, sem o conhecimento de qual empresa fez a oferta. Se alguma empresa consegue melhorar o preço publicado, esta envia uma nota para o comprador dizendo que possui uma melhor oferta e então essa cotação é publicada na Internet. Se alguma outra empresa consegue reduzir o preço, essa envia uma nova cotação para o comprador, e assim por diante até se conseguir o melhor preço. Essa prática tem reduzido entre 15 e 20% em média o preço dos produtos para as empresas compradoras.
O mercado de business-to-business tem um potencial enorme. Vários fornecedores de software integrados de gestão empresarial (ERP) já anunciaram mecanismos de interconexão de dados entre os ERPs para facilitar os processos mercantis. A tecnologia que está sendo utilizada é o XML, uma nova linguagem de descrição de conteúdo de mensagens.